terça-feira, 3 de abril de 2012

Para evitar surpresas na conta bancária, planeje gastos com filho



Os custos com um rebento de zero a 23 anos chegam a R$ 2,02 milhões, aponta levantamento da Invent

A pequena Valentina, de 1 ano e  quatro meses, ainda não sabe,  mas tem sua educação universitá-  ria garantida. Seus pais, Rodrigo  e Maria Augusta, poupam R$ 1,2  mil por mês para custodiar as despesas com a universidade. “Eu e  minha mulher começamos a poupar desde o nascimento da Valentina. Mas devíamos ter iniciado  antes”, avalia Rodrigo Antonangelo, sócio da agência de marketing digital Dynamo.  A preocupação de Antonangelo é justificável. De acordo com  levantamento do Instituto Nacional de Vendas e Trading Marketing (Invent), considerando  um padrão de vida enquadrado  como classe A, os pais gastam  cerca de R$ 2,02 milhões com  um filho, do nascimento aos 23  anos. Somente com o ensino superior, o montante despendido  é de R$ 115,2 mil.


“Todo casal que decide constituir família precisa se planejar  financeiramente. Isso é necessá-  rio considerando que educação  de qualidade custa caro”, destaca Régis Braga, professor de finanças pessoais do Insper.  Os pais de Valentina se planejaram para ter entre US$ 100  mil e US$ 150 mil ao final do  ensino médio da filha. “Com  esse valor ela poderá estudar  em uma universidade no exterior”, exemplifica Antonangelo. A preocupação dele não é  puramente financeira. “Independente do curso ou universidade que a Valentina escolher,  o importante é ela ter esse colchão que lhe dará segurança  na tomada de decisão.”


Para fazer o tempo trabalhar  favoravelmente aos gastos projetados, a escolha da aplicação financeira em que os recursos iniciais serão aportados para forma-  ção de poupança é relevante. Antonangelo pensou nisso. “Considerando que a mensalidade de  uma universidade gira em torno  de R$ 1,5 mil, optamos por produtos que corrijam o montante  investido de forma que, na época de utilizá-lo, cubra o valor  exigido por mês”, explica o pai  da Valentina, que junta lotes  mensais da poupança e os aplica  em papéis do Tesouro Nacional.


Contudo, o professor de finanças pessoais do Insper diz  que os pais que se programa cedo podem ser mais arrojados na  escolha da aplicação, considerando que o horizonte de resgate dos recursos é de longo prazo. “Até os oito anos, os pais podem manter or recursos alocados em ativos de risco. A partir  de então, anualmente, podem  reduzir em 10% a exposição em  renda variável de forma a ter,  aos 18 anos, 100% alocados em  renda fixa”, sugere.  Essa é uma forma de iniciar a  jornada de poupança com menos capital. Afinal, se for considerado apenas o rendimento de  caderneta, os pais já devem ter o  filho com consideráveis R$ 504  mil na poupança, segundo cálculos do professor da escola de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), Samy Dana.  Se a preocupação for apenas  o ensino superior — cerca de R$  115,2 mil —, os valores mensais  variam conforme o início das  aplicações.


Se a economia for feita assim que o filho nasce, bastam R$ 825 mensais. Se tiver iní-  cio quando o filho completar cinco anos, o montante é de R$ 972  e aos 10, R$ 1.279. O valor mensal sobe para R$ 2.227 se a economia só começar aos 15 anos do filho. “Quanto antes os pais começarem a economizar, melhor será”, destaca Dana.


Fonte:

Pró-Marketing
Inteligência de Mercado e Consultoria em Marketing
Telefones: (11) 3255-3839 / 3256- 4887
Fax: (11) 3258-4300