segunda-feira, 23 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
Para evitar surpresas na conta bancária, planeje gastos com filho
Os custos com um rebento de zero a 23 anos chegam a R$ 2,02 milhões, aponta levantamento da Invent
“Todo casal que decide constituir família precisa se planejar financeiramente. Isso é necessá- rio considerando que educação de qualidade custa caro”, destaca Régis Braga, professor de finanças pessoais do Insper. Os pais de Valentina se planejaram para ter entre US$ 100 mil e US$ 150 mil ao final do ensino médio da filha. “Com esse valor ela poderá estudar em uma universidade no exterior”, exemplifica Antonangelo. A preocupação dele não é puramente financeira. “Independente do curso ou universidade que a Valentina escolher, o importante é ela ter esse colchão que lhe dará segurança na tomada de decisão.”
Para fazer o tempo trabalhar favoravelmente aos gastos projetados, a escolha da aplicação financeira em que os recursos iniciais serão aportados para forma- ção de poupança é relevante. Antonangelo pensou nisso. “Considerando que a mensalidade de uma universidade gira em torno de R$ 1,5 mil, optamos por produtos que corrijam o montante investido de forma que, na época de utilizá-lo, cubra o valor exigido por mês”, explica o pai da Valentina, que junta lotes mensais da poupança e os aplica em papéis do Tesouro Nacional.
Contudo, o professor de finanças pessoais do Insper diz que os pais que se programa cedo podem ser mais arrojados na escolha da aplicação, considerando que o horizonte de resgate dos recursos é de longo prazo. “Até os oito anos, os pais podem manter or recursos alocados em ativos de risco. A partir de então, anualmente, podem reduzir em 10% a exposição em renda variável de forma a ter, aos 18 anos, 100% alocados em renda fixa”, sugere. Essa é uma forma de iniciar a jornada de poupança com menos capital. Afinal, se for considerado apenas o rendimento de caderneta, os pais já devem ter o filho com consideráveis R$ 504 mil na poupança, segundo cálculos do professor da escola de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), Samy Dana. Se a preocupação for apenas o ensino superior — cerca de R$ 115,2 mil —, os valores mensais variam conforme o início das aplicações.
Se a economia for feita assim que o filho nasce, bastam R$ 825 mensais. Se tiver iní- cio quando o filho completar cinco anos, o montante é de R$ 972 e aos 10, R$ 1.279. O valor mensal sobe para R$ 2.227 se a economia só começar aos 15 anos do filho. “Quanto antes os pais começarem a economizar, melhor será”, destaca Dana.
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